A transformação da matéria-prima em álcool é efetuada por microrganismos, usualmente leveduras da espécie Saccharomyces cereviseae, em processo conhecido como fermentação alcoólica. Para que a fermentação tenha bom desempenho, é preciso adicionar ao mosto - líquido açucarado preparado pela diluição de açúcares totais - uma quantidade de leveduras capaz de converter açúcares em álcool e gás carbônico. Estas leveduras, após preparo e adequação, são conhecidas como fermento ou pé-de-cuba.

Seja no preparo do mosto que será adicionado para a fermentação, seja no preparo do pé-de-cuba ou no tratamento do fermento após a centrifugação, o monitoramento do pH e da temperatura são essenciais para aumento do rendimento fermentativo e diminuição do uso de insumos, como anti-sépticos.

pH: para favorecer o desenvolvimento das leveduras, é ideal que o pH se encontre em valores entre 4,5 e 5,0. Por outro lado, quando se deseja recuperar leveduras utilizadas anteriormente na fermentação, no tratamento ácido em cubas, é ideal que o pH permaneça entre 2,5 e 3,0. Por sua vez, para a multiplicação do fermento, o pH ideal está na faixa de 5,0 e 6,0.

Temperatura: para melhor a atividade das leveduras, a temperatura da dorna deve ser mantida entre 32°C e 34°C. Para o mosto, o esperado é que a faixa deve permanecer entre 26°C e 32°C, sendo necessária a utilização de trocadores de calor ou aquecedores durante as estações do ano, para resfriamento ou aquecimento do mosto.

O sucesso da fermentação passa diretamente pelo controle do processo fermentativo. O monitoramento constante do pH e da temperatura em todas as etapas da produção é determinante para se atingir condições ótimas e para garantir o bom desempenho das leveduras. Em processos nos quais a fermentação ocorre em dornas independentes, é natural ocorrem oscilações distintas em cada dorna, sendo necessárias correções individuais no pH e na temperatura.

Para atender a esta demanda, a Acqua Nativa desenvolveu o AcquaLink-AP, medidor portátil e transmissor de pH e temperatura. O AcquaLink-AP apresenta, além da leitura precisa de ambos os parâmetros, tranmissão de dados por radio-frequência ou por protocolo de comunicação Mobdus via EIA-485, comumente utilizado em indústrias. O AcquaLink-AP permite o funcionamento em rede, para monitoramento de dornas e cubas individualmente, com endereços únicos para cada transmissor.

As leituras de pH e temperatura são realizadas por um único eletrodo, que pode ser inserido diretamente em tubulações e tanques de fermentação com rosca 3/4" NTP. O eletrodo, além de robusto e resistente à pressão e temperatura e em conjunto com o transmissor AcquaLink-AP, apresenta precisão de ±0,002 entre 0 e 14 pH e 0,1°C entre 0 e 100°C. Para inserção direta no processo industrial, o AcquaLink-AP foi montado em caixa IP67 e permite a inserção do transmissor em painéis elétricos, com alimentação de 24 Vdc.

Além da transmissão de dados, o AcquaLink-AP possui ainda armazenamento interno de até 1000 registros e saída analógica de 0 a 10 V (12 bit de resolução) proporcional ao valor de pH para inserção direta em CLPs e controladores dedicados.

Para aplicações na indústria 4.0, o AcquaLink-AP pode ser industrializado com tranmissão Wi-fi ou GPRS, para fácil integração com bancos de dados e servidores em nuvem.

Com frequência de até 1 leitura por segundo a utilização do AcquaLink-AP proporciona controle preciso do pH e da temperatura durante as etapas da fermentação, do preparo do pé-de-cuba até a centrifugação. O monitoramento permite produção com uso adequado de insumos, soluções ácidas e corretoras do pH, bem como do uso de bombas de recirculação e de trocadores de calor para manutenção da condição ótima de fermentação.

Inserindo o eletrodo de pH e Temperatura do AcquaLink-AP diretamente em tubulações ou dornas com apenas um furo, já é possível acompanhar em tempo real o processo fermentativo. A conexão com sistemas supervisório também é facilitada, configurando diretamente o endereço do AcquaLink-AP na rede Modbus ou utilizando um receptor de rádio-frequência. Com o endereçamento, é possível ainda acompanhar em vários pontos do processo as condições de pH e temperatura, formando uma rede de monitoramento.

• Visualização multiparâmetros em tempo real
• Compatibilidade com sistemas SCADA e de supervisão
• Compatível com CLPs via Mobdus ou saída analógica
• Melhoria operacional
• Agilidade em ações corretivas e economia de insumos
• Otimização da fermentação e das condições do levedo